5/15/2015
5/12/2015
Sophie Calle - Take 2
Pessoas cegas, que nunca viram. Perguntou-lhes: o que é a beleza para ti? Retrata-me uma coisa verdadeiramente bela.
As respostas foram incríveis. A Nossa Senhora, os cabelos da minha mãe, as estrelas do céu, entre tantas outras.
A minha preferida foi a deste rapaz. A coisa mais bela que ele já viu foi o verde.
"O verde é lindo. Porque sempre que eu gosto de alguma coisa, dizem-me que essa coisa é verde. A erva é verde, as árvores, as folhas, a natureza... Eu adoro vestir-me de verde."
As respostas foram incríveis. A Nossa Senhora, os cabelos da minha mãe, as estrelas do céu, entre tantas outras.
A minha preferida foi a deste rapaz. A coisa mais bela que ele já viu foi o verde.
"O verde é lindo. Porque sempre que eu gosto de alguma coisa, dizem-me que essa coisa é verde. A erva é verde, as árvores, as folhas, a natureza... Eu adoro vestir-me de verde."
5/11/2015
Sophie Calle - Take 1.
É uma artista que está com uma exposição arrebatadora aqui em Barcelona. E o adjectivo que usei não lhe faz justiça. De uma profundidade inexplicável, tocou em partes de mim que eu não sabia que existiam. Vamos por partes. Hoje mostro um bocadinho, amanhã outro, depois outro. Sentem-se e saboreiem, sem pressas.
Parte 1 -Voir la mere. Filmes de vários cidadãos de Istambul, cidade rodeada de mar, que nunca o tinham visto antes. Uma sala com quatro paredes onde as experiências de quatro pessoas eram projectadas. O som do mar ao fundo. As pessoas de costas para a câmara e de frente para ele. Encolher os ombros, limpar os olhos, chorar. Expressões que só se podiam adivinhar. Era o mar. Pela primeira vez, era o mar.
Parte 1 -Voir la mere. Filmes de vários cidadãos de Istambul, cidade rodeada de mar, que nunca o tinham visto antes. Uma sala com quatro paredes onde as experiências de quatro pessoas eram projectadas. O som do mar ao fundo. As pessoas de costas para a câmara e de frente para ele. Encolher os ombros, limpar os olhos, chorar. Expressões que só se podiam adivinhar. Era o mar. Pela primeira vez, era o mar.
5/06/2015
Lições
Aprendi, há dias, que não faz mal dizer "não" a oportunidades boas se o teu coração te pede outras coisas. Segui o coração e o resto veio atrás. A vida não castiga, a vida ouve exactamente o que pedimos e responde ao que precisamos. Eu queria, acima de tudo, ter tempo para a minha família. Manter os amigos, o país, a rotina, a estabilidade dela. Queria um trabalho que me permitisse ir buscá-la à escola, todos os dias, às 4h30. Não queria mudar de continente dois anos depois de ter mudado de país. Não quero ganhar fortunas, não quero ser chefe de ninguém, quero trabalhar para subsistir e não o contrário. Pedi e recebi. Mas primeiro tive de dizer não ao outro lado. Ao lado da ambição, dos mil projectos, das oportunidades, do dinheiro, do currículo, das experiências. Foi difícil. Levou meses. Às vezes parece que se ousas recusar, nunca mais vais ter sucesso na vida. Mas depois percebi que o sucesso está em mil sítios diferentes. O sucesso, para mim, nesta altura da minha existência, está em ser uma mãe presente e tranquila com as suas escolhas. Quero ter tempo, quero viver, e quero vê-la crescer. Decidi e, dias depois, apareceu-me um trabalho que permite tudo isto. E aprendi que dizer "não" não fecha portas quando o motivo é seguir as nossas necessidades mais importantes e viscerais. Pede e receberás - é o mantra da minha vida.
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