Estiveram em diferentes países, viram culturas distintas, andaram de avião, de barco, de comboio, sempre os três, como se quer.
Conheci a Luísa quando, não sei como nem porquê, encontrou o meu blog e me perguntou se queria participar numa rubrica chamada Família Vagamundos para fazer um roteiro child friendly sobre Barcelona com crianças e também falar um pouco da vida por aqui (para ler clica aqui).
Foi muito, muito divertido e os testemunhos das outras famílias sobre diversas cidades por esse mundo fora já me deixaram a sonhar!
Para as pessoas que acham um drama complicadíssimo viajar com crianças, este blog pode ser um grande ponto de partida. Descomplica as nossas percepções logísticas e reaviva o sonho de sermos unos com o mundo que nos rodeia, sem fronteiras de qualquer espécie.
Para as que não têm esse problema, aviso que este blog pode ser perigoso ao despertar o Indiana Jones racalcado que há em nós.
Então já sabem: mochila às costas rumo ao Diário da Pikitim. No mínimo, inspirador.
Nome: Luísa Pinto
Profissão: Jornalista
De que trata o teu blog?
O meu blog - Diário da Pikitim- foca um tema muito
específico. Fala de viagens com crianças. Começou por ser o sitio onde eu
publicava as crónicas que fazia durante uma viagem à volta do mundo que fizemos
em 2012. Quando saímos de Portugal, eu e o Filipe, ambos jornalistas, ambos
apaixonados por viagens, tínhamos assumido com o Fugas - o suplemento semanal
de viagens do Publico - que iríamos contar nessas crónicas como era o mundo
visto pelos olhos de uma criança, a nossa filha, a Pikitim, então com quatro
anos.
Propusemo-nos a escrever essas crónicas não com
dicas de viagens ou com relatos muito circunstanciados dos destinos, mas textos
com o relato das perguntas que ela fez, das interacções, dos medos, dos
avanços, das incompreensões e das aprendizagens.
Já regressamos dessa grande viagem há quase um
ano. Agora o blog tem sido palco para revelar outras viagens, de outra
famílias, e para dar algumas dicas a quem se queira aventurar na estrada - não
precisa de ser uma volta ao mundo, nem viagens de longa duração. Ás vezes
podemos viajar no quintal - o que
interessa é incutir nas crianças esta temática da tolerância e da diversidade,
de um mundo que é cada vez mais global, mas que precisa de continuar a
respeitar as diferenças.
Qual é a tua maior motivação para o manteres?
É mesmo essa: a de partilhar a nossa experiência e
com ela ter a oportunidade de conhecer outras , sejam elas parecidas ou muito
diferentes. mantenho-o porque acho que ainda ficou muita coisa por contar,
mesmo da nossa grande viagem. Por exemplo, escrever as tais dicas sobre os
sítios que conhecemos, e pretendo, também continuar a publicar os desenhos do
Diário da Pikitim. Sim, que o Diário dela, da Pikitim, o nickname da
Inês (e que detesta que a chame assim, porque esse é o nome de bebé, e ela já
não é bebé…) existe mesmo. E tem sido uma delícia voltar a abri-lo, a rever os
desenhos. E tem sido emocionante ver
como ela guardou as suas memórias, como as tem gravadas de uma forma tão
vívida, e como as reproduz, olhando para os desenhos que fez há um anos
atrás.
Já sentiste obstáculos ou algum ponto menos
positivo nesta aventura de ter um blog?
Nunca senti nada. Pelo contrario. Tenho conhecido
pessoas muito interessantes a que eu dificilmente teria chegado sem ser por
este universo. Acordei para este mundo da blogosgfera há muito pouco tempo.
ainda não encaro o blog como o meu diário pessoal - continuo a ter algumas
dificuldades em me expor. Esse equilíbrio, do que exponho e do que revelo tem
sido a minha maior dificuldade. Isso e a falta de tempo para me dedicar a ele
como gostaria - para isso, precisava de o rentabilizar.
O que aconselharias a alguém que está a começar
um blog?
Depende do que pretender fazer com ele. Se estiver
a pensar em fazer do blog um negocio é preciso escrever muito e bem, acertar
nos temas, nas parcerias. É um full-time job; e só para algumas pessoas
é que é um job bem remunerado. Mas se intenção é apenas, e de facto, fazer dele
um “diário”, o nosso diário, podemos ser tudo. O que queremos, o que sonhamos,
o que não queremos. Acho que só teremos de ser honestos, e coerentes. Para nos
revermos sempre no que ali deixamos.
Vale a pena ter um blog?
Sim, claro. Pelas pessoas que conhecemos. Pelo
registo que ali fica e onde sabe sempre bem voltar.
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