6/30/2013

as birras.

Quando as birras dos filhos dos outros não são prontamente resolvidas pelos pais, trazem sempre comentários do tipo: 'como é que eles permitem?', 'que miúdo mal educado', 'pais permissivos dá nisto'.

Quando os pais entram em acção e se ouve um ralhete ou dois saiem comentários como 'poxa, é só uma criança', 'pudera!... com pais assim', 'há pessoas mesmo nervosas'...

Eu própria tantas vezes, antes de ter filhos, julguei pais, crianças e formas de educar. Até que dou por mim a ser posta à prova.
A minha bebé, o meu anjinho sempre feliz e sorridente de canudos dançarinos... agora berra. Grita. Ela diz não. Ela diz 'não-não-e-não'. Ela bate com os pés e chora e faz um trinta e um por motivos tão importantes para a sua existência como eu não lhe dar as chaves de casa para a mão.
E se às vezes um abraço cura tudo e eu até acho graça (e ali fico orgulhosa a assistir a birras e a pensar 'ai, que personalidade forte'), outras vezes dou por mim muito séria a dizer-lhe 'Isabel, estás a ser infantil', sendo que a Isabel em questão ainda nem dois anos tem... Fundamentalmente é uma fase.
Uma fase trolaró mas é uma fase, e tenho de respeitar, honrar e valorizar a sua importância para a formação dela (mas ninguém me tira da ideia que ter um irmãozinho ia acalmar as coisas).
As birras são boas. Dolorosas mas boas. Têm o seu papel e cumprem uma missão, como as contracções no trabalho de parto.

Mantra da semana: this too shall pass.







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