8/30/2013

O dia em que me tornei avó

Foi bonito. Vê-la, sangue do meu sangue, a levar a minha neta de plástico rua acima. Foi comovente ver como já há o instinto. A forma cuidadosa como a colocou no carrinho e a delicadeza com que a empurrava contra protegia das portas.




Ainda que precocemente, dei por mim a fazer castelos no ar sobre esse dia mais que sagrado em que a minha filha vai viver o mesmo que eu vivo desde que Ela nasceu. 
Pus-me a imaginar detalhes, cheiros, risos. 
Como vai ser, onde estaremos, o que vamos sentir. 
Mas esse castelo no ar desmoronou-se subitamente, quando vejo a minha pobre neta de plástico sozinha no carrinho, em alta velocidade rua abaixo, abandonada pela mãe e trocada por um escorrega.
  




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