11/18/2013

carpas.



Ontem fomos comer a um restaurante que tem um lago cheio de carpas, um peixe com bigodes mais carente que o raio.
Assim que a Bel se debruçava vinham às dezenas com o rabo a abanar em modo cão e aquela boca a aspirar sei lá que partículas.  A Bel delirava, dava-lhes festinhas e falava com elas numa língua que deve ser comum às duas espécies (carpas e bebés). Desde então que não fala noutra coisa. 'O pêxe?', 'ah pêxe mãe?' ...

Há pouco estava super entretida a desenhar nos joelhos (a Bel, não eu) quando de repente deixa cair a caneta no chão e me olha com uns olhos horrorizados, como nunca os tinha visto.
Isabel que foi?
E ela nada. Os olhos cada vez mais abertos, as sobrancelhas mais franzidas, os cantos da boca a descair e o lábio inferior a tremelicar.
Comecei a ficar assustada.
Que foi filha? Fala com a mãe! (disse primeiro de mansinho, depois num tom meio histérico a pensar quem e o quê lhe terão feito para estar nestes preparos).
Ah pêxe mãe! Nã tem nariz!
 .......

Volta Jacques Cousteau. A minha casa precisa de ti.

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