2/17/2015

Idade do "e depois?"

Já conhecia a idade dos porquês. Ninguém me avisou da idade do "que é ito?", que antecedeu a dos porquês uns meses. Ambas foram fáceis e até divertidas.
Quando pensei que estas fases acabavam e finalmente começaríamos a ter viagens casa-escola normais, tipo a falar como gente incluindo assuntos do dia, "o que comeste?" e outros que tais, eis que me aparece a idade do "e depois?".
A pior. É verdade, a idade do "e depois?" é só mais horrível de sempre no sentido em que, ao contrário da dos porquês (que tantas vezes nos confronta com a nossa própria ignorância em relação aos aspectos mais triviais do dia-a-dia) a idade do "e depois?" nos confronta com a nossa imensa previsibilidade e rotina mecanicista.

Senão vejamos:

Onde vamos mãe?
Para a escola
"e depois?"
Vais brincar muito, estar com os teus amigos
"e depois?"
Às 4h30 a mãe vai-te buscar.
"e depois?"
Vamos ao parque
"e depois?"
Vamos para casa, tomar banho, brincar, jantar, já sabes...
"e depois?"
Então, depois vais dormir...
"e depois?"
Acordas. Tomas o pequeno almoço
"e depois?"
Depois vamos para a escola
"e depois?"
Vais brincar muito, estar com os teus amigos
ôta vez?

Pois é.

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