2/10/2015

quando eu for grande

Quando eu for grande vou ter um terreno muito grande, ou então muito pequeno, onde caibam os amigos que não podem fazer falta. Nesse terreno vamos ter pedras, raízes, baldes e pétalas e vamos fazer sopas de brincar e sujar-nos até às orelhas, encher o cabelo de areia e as unhas de terra e os pés de pó. Nesse terreno vamos aprender a brincar, a conviver, a contar, a amar. Não vamos precisar de escola, pelo menos para já. Vamos ser livres como sempre sonhámos ser, um dia de cada vez, sem pressas, sem metas.

Nesse terreno, grande ou pequeno, vamos ter toda a verdade do mundo escrita no vento. Não precisaremos de livros, de vídeos, ninguém terá de nos contar. Nessa imensidão sem paredes descobriremos o que nos tornará real e intrinsicamente feliz. Por nós mesmos. E só então cresceremos. Devagar e sem filtros.












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