11/11/2014

Oliveiras.

Birras para dormir. Piolhos. Legos e cubos pelo chão. O tupperware de couscous espalhado pela cozinha. Sim, couscous entre os dedos dos pés. Banhos tumultuosos. Chão alagado. Feitio nem sempre fácil. Quer ballet. Não quer ballet. Quer pintar. Pinta a mesa. Cansaço. Dias compridos. Uma tese na recta final. Olheiras. Vista cansada. Deito-me no sofá. Às vezes pergunto-me como se gere tanta coisa diferente. Às vezes apetece ser só mãe. Às vezes dava jeito ter avós por perto. Às vezes nem apetece nada, só silêncio, um dia que seja sem ter nada para fazer. Mas esse dia não chegará tão cedo. E então ela aparece. Dá-me a mão e puxa-me para dancar com ela. Começa a trautear "oh mama ó que linda mama, ó mama da oliveira". E é impossível não rir. Impossível não me render. Impossível não achar que no meio de tanto é isto que vale a pena.

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