10/04/2013

passar de cavalo para burro

Se há dois meses atrás eu olhasse para mim hoje, diria qualquer coisa como ...
'olha para aquilo, coitada, passou de cavalo para burro'.

Não temos televisão, coitados de nós, temos de arranjar estratégias familiares como conversar sobre a vida, fazer legos com a nossa filha ou ler livros para passar o serão.
E o carro que ficou em Portugal? Um sacrilégio... que fazer ao dinheiro que se poupa em parques, gasolina, inspecções e seguros? Que fazer ao tempo que passamos juntos no autocarro a ver as paisagens ou no metro a dançar enquanto ouvimos os músicos logo de manha? Uma tragédia!
Se eu me visse assim, num T0 onde mais do que nunca estamos próximos, sem tralha que não faz falta, a viver com o conteúdo de duas malas de viagem, sem televisão (esse monstro que nos come os dois sentidos fundamentais à comunicação), sem carro e a usar as pernas e a cabeça mais que nunca, achava que não podia ser.
Que uma pessoa não se torna adulta, passa a ganhar o seu dinheiro e a adquirir bens materiais para depois acabar num país estrangeiro assim, ao deus dará. 
Se dará ou não dará não sei. Sei que ter uma mão à frente e outra atrás é sinal de que as temos livres para as dar a quem quisermos e que nem por um segundo acho que estou a regredir. Antes pelo contrário. Estou cada vez mais próxima da minha essência e do que me faz feliz.
Só me faz falta a bicicleta.
O resto... é conversa da treta e Co2.

















4 comentários:

  1. Belas fotos e BELA vida!....quantos amigos temos!....uma colecta e uns trocos dos Madalas e tens uma "ginga" nova. Beijos

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  2. Ahahahah, beijos! Ainda não investi porque não sei se fico ou volto para aí, mas... seja qual for o meu destino, de certo que chegarei até ele a pedalar :-)

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  3. Gosto tanto! Que fotos tão bonitas.Viver por opção com menos é libertador.

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